Ordem Zoraptera

Compreende 25 espécies. Diminutos, parecidos com cupins coloniais; sem asas ou com dois pares de asas; asas acabam sendo eliminadas, antenas moliniformes, com nove artículos; abdômen curto, oval, com 10 segmentos; peças bucais mastigadoras, desenvolvimento simples. Esses insetos incomuns são geralmente encontrados em colônias em madeira morta. Alimentam-se principalmente de ácaros ou outros pequenos artrópodes.

Ordem Psocoptera

Compreende 2.600 espécies descritas. Pequenos, antenas longas, filiformes, multiarticuladas; protórax curto; meso- e metatórax frequentemente fundidos; peças bucais mastigadoras; abdômen com nove segmentos; cercos ausentes.
Os psocópteros geralmente se alimentam de algas e fungos e ocorrem em áreas apropriamente úmidas.

Ordem Phthiraptera

Pequenos, sem asas, sugadores de sangue, ectoparasitos obrigatórios de aves e mamíferos; toracômeros completamente fundidos; cutícula amplamente membranosa e expansível para permitir seu aumento durante as refeições com sangue; olhos compostos ausentes ou com dois omatídios; ocelos ausentes; peças bucais sugadoras perfuradoras retráteis em uma bolsa bucal; antenas curtas expostas ou escondidas em sulcos localizados sob a cabeça; com um par de espiráculos torácicos dorsais e seis, ou menos, espiráculos abdominais; fêmeas sem ovopositor; sem cercos (BRUSCA & BRUSCA, 2007).

Ordem Thysanoptera

Compreende 4.1000 espécies descritas. Insetos delgados e diminutos (0,5 a 1,5mm), com asas longas e estreitas (quando presentes), as quais apresentam franjas com longas cerdas marginais; peças bucais que formam um bico sugador cônico e assimétrico; mandíbula esquerda em forma de estilete, mandíbula direitavestigial; com olhos compostos; antenas com quatro a 10"artículos", abdômen com 10 segmentos; sem cercos; tarsos com um a dois artículos, um saco pré-tarsal adesivo eversível, o arólio. Os tripes são em sua maioria herbívoros ou predadores, e muitos polinizam flores. São conhecidos por transmitirem vírus de plantas e esporos de fungos (BRUSCA & BRUSCA, 2007).

Ordem Hemiptera

Compreende 85.000 espécies. As peças bucais sugadoras picadoras formam um rostro articulado, mandíbulas e maxilas têm a forma de estiletes e repousam dentro de um sulco dorsal do lábio; asas membranosas; pronoto grande.

Os hemípteros ocorrem em todo o mundo e em virtualmente todos os hábitats. Até recentemente, os homópteros (que contribuem com aproximadamente metade o número de espécies descritas) eram classificados em uma ordem separada, mais a maioria dos autores atualmente inclui este grupo entre os Hemiptera, dos quais diferem em apenas alguns aspectos sutis. Nos homópteros , o rostro geralmente surge na região anterior a cabeça. Nos homópteros, as asas anteriores são inteiramente membranosas, embora sejam frequentemente coloridas (e com aproximadamente o mesmo tamanho das asas posteriores), enquanto nos outros hemípteros as asas são endurecidas na região basal e membranosas apenas na região apical (e as asas posteriores são menores que as anteriores). Nos homópteros as asas são mantidas como uma tenda sobre o abdômen, quando em repouso. Também nos homópteros, as pernas posteriores são frequentemente usadas para saltar, é comum que o corpo seja protegido por secreções serosas, e a maioria produz secreções anais adocicadas, com sacarose.

A maioria dos hemípteros é herbívora, embora muitos prendam outros artrópodes ou vertebrados e alguns sejam ectoparasitos especializados de vertebrados. A produção de som, através de uma série de mecanismos, é muito difundida na ordem. Muitos hemípteros apresentam coloração críptica ou mimetizam outros insetos; o mimetismo de formigas é especialmente comuns (BRUSCA E BRUSCA, 2007).

Ordem Strepsiptera

Compreende 300 espécies descritas. Os machos tem asas e são de vida livre; as fêmeas não apresentam asas e são geralmente parasitas. Antenas frequentemente com processos alongados nos "artículos"; asas anteriores reduzidas a estrutura em forma de clava que lembram os alteres dos Diptera; asas posteriores amplas e membranosas, com nervação reduzida. Fêmeas das espécies de vida livre apresentam cabeça distinta, antenas simples, peças bucais mastigadoras e olhos compostos. As fêmeas das espécies parasitas são larviformes, usualmente sem olhos, antenas e pernas; segmentação do corpo indistinta. Metamorfose completa.

A maioria desses animais diminutos insetos é parasita de outros insetos. As fêmeas de estrépsíteros liberam vários milhares de diminutas larvas que escapam do corpo de sua mãe e invadem o solo e a vegetação. Essas larvas denominadas triungulinos, apresentam olhos e pernas bem desenvolvidos. As larvas das espécies parasitas localizam um inseto hospedeiro e penetram nele, onde sofrem muda dando origem a um estágio vermiforme sem pernas, que se alimenta na cavidade do corpo do hospedeiro. A transformação em pupa também ocorre no corpo do hospedeiro (BRUSCA & BRUSCA, 2007).